Jornalismo, ponto e contraponto
Data: 20/12/2025 15:54
Caros leitores…
Minha ausência é justificável!
Estive conhecendo o Piauí. Teresina eu já conhecia há quase uma década — a cidade verde. Saímos de Timon, onde havíamos chegado na noite anterior, para a capital do Piauí e em seguida sentido Altos. Uma paisagem agradável nos acompanhava pelo caminho até chegarmos próximo a Campo Maior. Foi nesse momento que fui avisado para ficar atento ao trecho da rodovia que cruza o centro da cidade e, assim que passamos do grande açude, lá estavam elas: visivelmente suculentas carnes de sol e de bode expostas à beira da estrada. Pensei: na volta eu compro.
Seguimos sentido Piripiri, terra natal de Dideka e João Cláudio Moreno. Até então, eu estava surpreso com a conexão de internet móvel, que raramente havia me deixado na mão. Do banco do carona, eu comandava a playlist da viagem: de Ritchie a Roupa Nova, de Diana a Luiz Caldas.
Houve uma pausa para o almoço. Nesse trecho da viagem, o sinal de celular já não era tão bom e a distância entre uma cidade e outra se tornava maior. Chamou-me a atenção a arquitetura “antiga” das cidades por onde passávamos, com a sensação de atravessar décadas do século passado, ainda assim preservadas com zelo em suas características, digamos, originais.

Sem internet, passei a contemplar ainda mais a paisagem, com mesclas da vegetação seca e verde ao mesmo tempo — a natureza mostrando sua força mesmo em situações extremas. Cruzamos muitas pontes sobre rios: a maioria com apenas um fio de água correndo; em outros casos, o rio existia apenas no nome, mas sem perder a beleza integrada ao caminho.
Passamos por Parnaíba. Chegamos à Praia Peito de Moça, em Luís Correia. E digo uma coisa: está extremamente enganado quem acha que o Piauí não tem litoral. Águas claras, na temperatura perfeita. Chamou-me muito a atenção o quanto aquela faixa de areia é limpa. Catei conchinhas e, diferentemente das que havia colhido em uma passagem pelo litoral da capital maranhense, as de Luís Correia não exalam mau cheiro.
Seria este um grande diferencial em razão do esgoto lançado no mar e da presença de um porto? A água do mar também não é fétida e, ao nascer do sol e à noite, em passeios pela praia, é possível observar a vida marinha em curso: peixes, siris… Uma pena que a tartaruga que encontramos estivesse morta e sendo devorada pelos urubus — processo natural.
Um vento soprando forte, noite e dia, sem parar. Clima extremamente agradável. A comida, então… essa é de provar e passar por baixo da mesa. Ainda houve tempo para um passeio pelo Centro Histórico de Parnaíba e, eu, maníaco por souvenirs, amei cada espaço ocupado pelos artesãos. Lógico, fiz minhas comprinhas.

Retorno para casa impactado positivamente pelos encantos do interior e do litoral do Piauí, que até então eu não conhecia. A parte família desse passeio foi a cereja do bolo. Tá, foi só coisa boa? Lógico que não.
Lembra das carnes à venda à beira da estrada, em Campo Maior, que eu disse que compraria na volta? Elas ficaram para outra oportunidade. Caso contrário, eu perderia o ônibus que me levaria para casa.
Voltei. Mas o Piauí, meu amor… esse você tem que conhecer!

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