Marketing e Política
Data: 04/09/2025 13:54
Cada vez mais me intriga o “mundo de Alice” em que parece viver a presidente da Câmara Municipal de Aldeias Altas. Após uma semana da acusação de pedofilia contra um vereador, um crime terrível, que exige resposta imediata e punição exemplar, ainda reina a inércia. Afinal, onde há fumaça, pode haver fogo, e a presidente não pode simplesmente deixar uma denúncia dessa gravidade perdida ao vento dentro da Casa do Povo Aldeias-altense.
O discurso da presidente reduz a questão a um procedimento simples: encaminhar a denúncia ao disque 100 e aguardar, passivamente, o curso moroso da justiça. Mas será suficiente? A própria Câmara tem meios internos, como a abertura de uma CPI ou a atuação do Conselho de Ética, se é que este existe e funciona. O que não se pode aceitar é que um suposto pedófilo continue representando a população como se nada tivesse ocorrido. Para ilustrar esta situação, recorro a uma metáfora: uma família denuncia um parente por abusar de uma criança. No início, todos se indignam e clamam por justiça. Mas bastam sete dias para, na ceia de Natal, ele estar de volta à mesa, cercado de risos e silêncios cúmplices. Enquanto aguardam o julgamento, fingem que nada aconteceu. O agressor segue protegido pelo manto da hipocrisia. Moral: quem silencia diante da violência contra a criança torna-se também cúmplice do crime.
No plenário, apenas dois vereadores se mostraram verdadeiramente preocupados. Os demais parecem se contentar com palmas protocolares, sem cobrar soluções. O vereador Chico Velho desabafou: “Quero aqui voltar ao caso da pedofilia que a senhora (Reneia Ferreira) citou nesta Casa do Povo. Eu, como vereador desta Casa, um dos mais antigos, quero registrar o constrangimento, as piadas e as fofocas levantadas em meu nome. Tenho grande respeito pela senhora, mas peço que esclareça esse assunto, pois não tem sido fácil para meus parentes, amigos e, sobretudo, para mim. Quero que fique registrado: jamais seria capaz de cometer um crime dessa natureza.”
Já a vereadora Fernanda Bacelar destacou: “Eu não poderia, e nem posso, me calar como parlamentar. Peço também à nobre presidente que venha esclarecer, porque acusar é fácil, mas provar é difícil. Devemos acusar e denunciar apenas quando temos provas fundamentadas, não jogar insinuações no ar. A população de Aldeias Altas aguarda por esclarecimentos. A responsabilidade é grande, e repito: o ônus de provar é de quem acusa. Quem acusa sem provas terá que provar.”
E assim seguimos em Aldeias Altas: sete vereadores, uma denúncia de pedofilia e uma Casa do Povo preocupada com 2028. Afinal, o plenário será palco de justiça ou apenas mais uma ceia de hipocrisia?
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