Bom dia, 03 de Dezembro de 2025
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Marketing e Política

Por: Joilson Bruno

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Bora entender sobre Marketing e Política, comunicação, redes sociais, conteúdo 4.0 e blá...blá...? Sou Jornalista MTE 1.333/MA , MBA em Marketing e atualmente acadêmico de Letras UEMA

“Faz parte do jogo” por que palavra e pagamento se tornaram a mercadoria mais rara da política?


Data: 25/11/2025 14:17

No começo, quando entrei no ramo da comunicação política, me disseram que eu precisava ter duas coisas: paciência e memória curta. A primeira para lidar com os prazos impossíveis; a segunda para esquecer os calotes porque, dizem, “faz parte do jogo”. Pois bem. Jogo eu até entendo. Regras? Nunca vi. Com o tempo, a gente aprende a identificar o tipo. Tem o político veterano, que olha no seu olho com aquele brilho treinado de quem já prometeu o mundo e não entregou nem a rua. Tem o estreante entusiasmado, que fala como se fosse mudar o país, mas não paga nem o design do santinho. E tem o pior de todos: o não eleito, esse vive de promessa, sonho e orçamento de banana, como se campanha fosse feira. Esses são especialistas no “não esqueci viu”, que curiosamente nunca lembra.

 Agradecimento ao Google Gemini pela imagem ilustrativa

Esse ano não foi diferente, dois acordos e dois desaparecimentos cinematográficos. O mais irônico é que eles começam oferecendo valores surreais, cifras que nem eles acreditam. Eu, sensato, penso logo: “Vamos ficar no combinado. Não precisa inventar céu e estrelas.” Mas ilusão é a matéria-prima da política e a irresponsabilidade, o combustível. O que eu não entendo e talvez nunca entenda, é: como alguém com fama de mau pagador ainda tem coragem de continuar repetindo o roteiro? Será ingenuidade? Cinismo? Ou apenas o vício de prometer mais do que pode cumprir, como quem respira?

 

A verdade é que esse tipo de político tem uma habilidade que nenhum marqueteiro ensina: a arte do sumiço. Eles desaparecem antes da entrega da fatura, antes da conversa difícil, antes do “vamos resolver”. Somem como se nunca tivessem existido, mas deixam o rastro, a conta e o desgaste para trás. E eu fico aqui, assistindo tudo mais uma vez, como quem vê um filme repetido: mesmo roteiro, mesmo desfecho, novos atores. No final das contas, não é que eles não possam pagar. Eles apenas não têm palavra. E palavra, na política, virou mercadoria rara, mais rara até do que um pagamento em dia.

 

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